domingo, 19 de janeiro de 2014

O estrume na vinha do Bastardo

Na semana passada contei-vos que a vinha do Bastardo tinha sido estrumada.
Acabadinhas de chegar, partilho convosco as fotos da operação.

 Sempre com a Serra da Estrela em pano de fundo!

 Os regos onde se depositou o estrume, tinham sido abertos poucos dias antes pelo cavalo.


O meu tio, com o seu pequeno tractor, ajudou a acartar o estrume. Gente 5 estrelas!


A "brouette" completava a parte dos equipamentos logisticos!
Como vêm, alta tecnologia!


Processos simples, que o Homem conhece desde ha muito!


Desporto de antigamente.



E assim ficou mais uma vinha velha salva do abandono.


Este ano e nos proximos, o trabalho da terra completara esta acção inicial.


O trabalho mecanico associado a esta operação, vão contribuir a revitalização do solo, ao desenvolvimento de humus, e consequentemente ao desenvolvimento da bicharada.


 A vinha agradecera, pois sem essa bicharada, as suas raizes nem poderiam respirar, nem se poderiam alimentar como deve ser!

5 comentários:

  1. Excelente, Antonio! Só estou esperando o dia em que os belos vinhos oriundos destas vinhas bem tratadas, cheguem ao Brasil e eu possa apreciá-los vagarosamente, como deve ser.
    Abraços,
    Flavio

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  2. So a minha humilde opinião...
    O trabalho do solo não contribui para o desenvolvimento do húmus. Muito pelo contrario, acelera a degradação do húmus e em excesso contribui para a destruição da estrutura do solo e sua erosão.

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  3. Caro Flavio Henrique, muito obrigado pelo interesse! Espero sim que os vinhos no futuro cheguem ao Brasil!

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  4. Caro Tiago Sampaio,
    Obrigado por partilhar a sua opinião.
    A questão do trabalho do solo merece ser falada.

    A minha opinião é que como em muita coisa na vida, a virtude esta no equilibrio.

    Concordo que praticas excessivas são nefastas para o humus, principalmente trabalhos demasiados fundos, demasiados agressivos.

    Ha tambem o caso hoje em dia de longe maioritario nos vinhedos portugueses e não so, o caso dos produtores que não trabalham os solos, preferindo utilizar produtos quimicos, tipo herbicidas.
    Os herbicidas matam a vida no solo, matam a minhocas, matam a micro-fauna do solo e sem ela não ha humus... Nestes casos, infelizmente ultra-maoiritarios, a unica maneira de a vinha sobreviver é de a manter viva artificialmente, tipo doente ligado a maquina, dando-lhe adubos, o famoso e simples NPK... Nestes casos as raizes fundas morrem (aquelas que tocam a rocha mão, aquelas que permitem falar-se de expressão de terroir), so sobrevivem as raizes superficiais alimentadas aa soro (leia-se NPK). E soro (NPK) é uma alimentação muito mais simples do que a alimentação rica, diversa, que a natureza (se a deixarmos trabalhar e a estimular-mos) pode dar.

    Entre estes dois casos, encontra-se o equilibrio. E o que procuro, não utilizando herbicidas, regressando a praticas de trabalho de solo suaves, com cavalo em vez de tratares pesados e tentando entender as necessidades de cada parcela, adaptando-me a elas.

    Isto é um caminho de aprendizagem. Não pretendo saber tudo sobre o tema. Ha uma logica que vou tentando por em pratica e aprender a cada ano que passa. E aqui entre nos ainda tenho muito para aprender. A unica coisa que tenho a certeza, é que herbicidas não entraram mais nestas vinhas enquanto eu tratar de elas.

    Não hesite em continuar a comentar este ou outros posts.
    Eu se escrevo não é para falar sozinho, mas sim para interragirmos e irmos aprendendo uns com outros.

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