sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A selvagem vinha do monte

Querem continuar a conhecer o fruto das minhas pesquizas pelo Dão Serrano, na busca dos "Crus" perdidos? 



Sim? 
Vale, então aqui vai mais uma apresentação! 



Desta vez estamos a falar de uma pequena vinha velha situada num monte, um pouco ao lado da vinha centenaria que os 'habitués" da Palheira ja conhecem. 



Desconhece-se a idade ao certo. Os antigos lembram-se dela ali desde que têm memoria. 



Esta vinha foi pouco mimada nos ultimos anos. 
Nota-se que os trabalhos do solo, o controlo da carga na poda, os trabalhos em verde não foram realizados durante anos. 



A vinha apresenta por isso uma lado quase selvagem. 



Agora é tempo de iniciar o processo de recuperação. 



Do que ja pude identificar, as castas são as do costume nas vinhas de outrora do sopé da Serra da Estrela : Jaen, Tinta Pinheira, Baga, Bical e muitas outras tintas e brancas. 



No caso desta vinha, a particularidade que me atraiu foi o local, no cimo da encosta de um monte granitico, como que a desafiar a Serra mesmo ali a frente. 



A exposição é soalheira nesta encosta virada a Sul/Oeste. 



E daquelas vinhas que precisam de ser bem seguidas para as uvas serem colhidas no ponto, se não queremos perder a acidez e apanhar uvas sobre-maduras. 



Vindimei a pela primeira vez em 2013. Das 6 vinhas, foi a que maior graduação potencial deu, 13,8%. 
Tambem aqui reencontramos o seu lado selvagem. 



Pouca produção, apenas duas barricas. 



Provado em dezembro, a malolactica ainda a decorrer, nota-se no aroma identidade. Levou-me logo a viajar para memorias confusas, não sei bem as quais, mas que eram de ali, da Serra. Lembranças associadas ao meus avos? Talvez. 



Como nos outros casos que tenho vindo a vos apresentar, o futuro dira se o vinho sera engarrafado a parte ou em lote. 

Rendez-vous em 2015/2016 para as provas! 

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