Nos tempos que vivemos, onde a standardização acaba aos poucos com a diversidade, importa tentar preservar o patrimonio ampelografico de que dispomos em Portugal.
Pessoalmente acredito que alem da questão ecologica, esta preservação podera se tornar num grande trunfo para o futuro da vitivinicultura nacional.
Embora muitos concordem com isto nas palavras, depois nos actos nem sempre isso se reflete.
Um dos meus objectivos é contribuir a essa preservação.
Das castas presentes na vinha velha da qual provem o meu 2011, talvez a mais esquecida de todas seja o Negro Mouro.
"Negro Mouro" é o nome regional pelo qual era conhecida no Dão a casta mais conhecida a nivel nacional pelo nome de "Camarate".
Na vinha reconhece-se principalmente pela folha algo rustica. Não é uma casta facil por ser tardia e sensivel.
Provavelmente alguns de vocês ja a provaram sem o saber, pois é uma casta muito presente na vinha velha da Quinta da Pellada, cujo vinho entra no lote do vinho do mesmo nome.
Não resisto a tentação de transcrever uma frase tirada do Grande Livro das Castas (Jorge Böhm), acerca desta casta :
"Embora se trate duma casta com grande tradição historica, reconhecemos tratar-se de uma variedade que actualmente não produz vinhos ao gosto do mercado."
Tirem as conclusões que quiserem!
Caro Antonio,
ResponderEliminarpartilho a opinião que se deve defender esse nosso patrimonio. Aliás, considero mesmo que é um caminho que deve ser promovido pelos serviços oficiais e pelos académicos ligados ao sector. O novo Mundo trabalho com mei duzia de castas e em largas quantidades, um pequeno país como nosso deve apresentar algo diferente, a enorme diversidade de castas nacionais parece-me ser uma enorme mais valia para Portugal, mas isto é a minha modesta opinião. Continue o bom trabalho, e encontre forma do seu vinho chegar ao Norte,hehe. Estou cada vez com mais vontade de "pegar" na vinha da familia...Cumprimentos.Il