Terroir of the Dão Serra da Estrela - Antonio Madeira Wines - Real wine from Portugal - Old vines - Native varieties
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Dégustation / Prova - Millésime 2010
Na semana passada recebi em casa uns amigos franceses com quem costumo reunir uma vez por mês para provarmos vinhos as cegas.
Desta feita, alem da prova habitual, aproveitei para lhes apresentar amostrar dos meus vinhos de 2010. Tratam-se de amostras que engarrafei no verão para este efeito.
Os vinhos ainda continuam nas barricas, por isso por enquanto é como se se tratasse de uma prova em "primeur".
O resultado foi bastante positivo, ja que os meus amigos sentiram-se 'bluffés" pelo equilibrio apresentado pelos vinhos, a sua elegância, assim como a qualidade dos taninos, sem extracção exagerada, "au point" :)
Fiquei obviamente contente com os comentarios, pois correspondem de certa maneira ao que procuro.
Os vinhos têm cada um o seu caracter, são diferentes uns dos outros, mas apresentam pontos comuns, principalmente a acidez, a textura limpa, sem arestas, quase vidrada e a pureza da fruta.
Nota-se que são vinhos puros, sãs, não traficados, sem quimicos/maquilhagens desnecessarios. Os aromas são os do Terroir, não aromas de leveduras de laboratorio, e acho que isso se nota bem.
Os vinhos são vivos, estão sempre a mudar. Consoante o momento em que se provam, achasse que este ou aquele esta melhor.
Pessoalmente, antes quando era apenas consumidor/enofilo, não me apercebia disso, mas agora compreendo mesmo que são algo com vida, que evolui constantemente, as vezes de um dia para o outro.
Cada vez que os provo estão diferentes, umas vezes mais exuberantes, outras mais contidos, outras vezes reduzidos, sempre a mudar... E incrivel!
Desta vez, dois destacaram-se um pouco mais.
O Tinta Pinheira, com o seu ar delicado marcou pontos, mineral, fruta vermelha fresca, bela tensão, excelente equilibrio.
O Molhada tambem se portou muito bem, neste momento mostrou um excelente equilibrio e uma bela complexidade com os tipicos aromas de mato do Dão, por detras da fruta e mineralidade.
Retirei alguns ensinamentos desta prova, em particular algumas ideias a experimentar, se puder, em futuras vinificações.
Por exemplo, cada vez tenho mais a intuição com Jaen quer inox e a Tinta Pinheira grandes vasilhas de madeira usada, as maiores possiveis. Pois as barricas de 228L, apesar de terem 2/3 anos, mesmo assim notam-se ainda demasiado para o meu gosto.
Passo a passo se vai ao longe...
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Caro Antonio,
ResponderEliminarEstava procurando distribuidores do Clos Rougeard em Paris (além das Caves Augé) quando encontrei um post seu no forum da Revista de Vinhos. Daí acabei por descobrir seu blog e sua Palheira. Achei ambos fascinantes, e como vou ficar brevemente com minha família na Casa das Obras pelos dias 18 e 19 de Janeiro, gostaria de saber se é possível comprar duas ou três garrafas representativas da sua produção e levá-las para o Brasil. Não sou comerciante, nem jornalista, apenas um amador que gosta de dividir informações e experiências com alguns confrades.
Sucesso em sua jornada,
Alfredo Dias (Recife-PE, Brasil).
Caro Alfredo Dias,
ResponderEliminarDesde ja muito obrigado pelo seu comentario e apoio, é muito encorajador.
Lamento, mas de momento não tenho ainda nenhum vinho a venda, pois a minha primeira colheita (2010) ainda se encontra a estagiar nas barricas.
Talvez mais tarde, numa proxima oportunidade, la para fim de 2012 possa satisfazer o seu pedido.
Abraço
Antonio Madeira
PS: ja provei duas vezes esse vinho dos irmãos Foucault, é excelente! Provavelmente o melhor tinto da Loire. Pena é ser tão dificil de encontrar...
É um vinho maravilhoso mesmo.
ResponderEliminarObrigado, Antonio.
Abraço e, uma vez mais, sucesso.
Alfredo.