Parecia um quadro impressionista...
O artista, a natureza, lembrou-se de juntar ali aquelas cores todas.
Apesar de ter passado a maquina de martelos na altura da poda, em finais de fevereiro, para cortar a erva, a chuva abundante desde então, veio ajudar o artista a recompor o quadro a sua maneira...
Eu, tal um terro(i)rista la tive de escangalhar o trabalho do artista, passando desta vez a grade de discos.
A grade de disco para ter um efeito dois em um :
- cortar as ervas para que elas não entrem em competição com as cêpas na procura de agua durante o verão que se avizinha.
- arrejar os solos, para facilitar a entrada de agua e de ar nos mesmos.
E assim! A mão do homem tambem conta!
É um diálogo de artistas. O primeiro cria a vegetação bravia, o segundo transforma-a em paisagem.
ResponderEliminarEm paisagem e em vinho :)
ResponderEliminarEspero que estas nuances de cor tambem se ressintam nas nuances do vinho. Pelo menos para isso trabalho, vinificando sem maquilhagens (ou seja sem utilização de leveduras exogenas e outros produtos enologicos e sem abusos de madeira nova), tentando expressar ao maximo o local.
Espero um dia poder provar esse vinho.
ResponderEliminarAgora que o gosto dominante anda a fazer vinhos a saber a baunilha da madeira americana é bom saber desse teu espírito e dessa tua busca da identidade local que se vai perdendo.
É possível que já conheças mas há tempo vi uns filmes no Youtube da "Crazy French Woman" achei curioso o facto dela se espantar com os vinhos da Geórgia que são guardados em talhas de barro como cá houve, e parece que ainda há no Alentejo, e desses vinhos não terem gosto de madeira.
Ela ficou espantada e eu também, com o número de variedades que lá existem ou terão existido até há pouco tempo cerca de 500. Cá em Portugal são ou eram cerca de 300.
Se tiveres curiosidade procura no youtube por
Georgia: The Land Where Wine Was Born
Um abraço.
Muito obrigado, tenho de ver esse video com atenção.
ResponderEliminarJa li umas coisas sobre os vinhos de talhas, essa pratica vinda dos tempos da antiguidade e que ainda se encontra na Geogia, no Alentejo, na Sicilia...
Desconhecia a dimensão da diversidade que se encontram na Georgia. Muito interessante.
Abraço
PS: Eu tambem espero que possa provar (e beber) o fruto do meu trabalho :)