sábado, 12 de julho de 2014

Prova em Paris

No ultimo sabado fui convidado para participar numa prova em Paris, dedicada aos vinhos portugueses.

Foi interessante ver tanta gente interessada em descobrir o mundo dos vinhos portugueses, cerda de 50 pessoas inscreveram-se e vieram as duas sessões previstas nessa tarde. Gente jovem, entre os 25 e os 40 anos, gente cosmopolita e curiosa.

3 vinhos foram apresentados ao publico presente, um branco da região dos Vinhos Verdes, um tinto de Palmela e finalmente o meu Dão 2011.


Como co-animador da prova, foi bom poder obter feed-back ao vivo sobre o meu 2011 e tambem poder contribuir a divulgação do Dão e mais largamente do vinho de Portugal.

Tentei passar a ideia ao publico presente, que Portugal era semelhante a França em varios aspectos.

Fazem ambos parte da velha Europa, a vinha esta la desde o tempo dos romanos, e como tal o vinho faz parte da cultura. Estas raizes longiquas explicam tambem a diversidade de castas autoctones que encontramos em Portugal.

Outra semelhança que tentei fazer passar é o da diversidade de regiões e estilos. Falar de vinho português não é falar de um modelo unico, de um standard, de uma norma, mas sim de diversidade. Provamos 3 regiões, vinhos verdes com a sua acidez e influência atlântica, Palmela com o seu lado arenoso e sulista, caloroso e finalmente o Dão, com a sua frescura e elegância, num estilo nordico em pais mediteranico.
A prova destas diferenças permitiu ao publico perceber que atras do termo de Portugal, existe um mundo de diversidade por explorar.


No final fiquei muito contente por ter contribuido a causa do vinho de Portugal e satisfeito pelo reconhecimento do meu 2011.

No final vieram-me alguns flashes do filme "La cage dorée" quando os poucos luso-descendentes (como eu) me vieram falar.

Foi nesse momento que um deles me deu o maior elogio que me poderiam ter dado. O rapaz em questão, com raizes em Leiria, dizia-me que o pai dele era "caviste" (dono de uma garrafeira) antigamente, e que naquela altura o pai bebia muito Dão. O rapaz recordava-se que não gostava desses vinhos, mas que nesta prova o meu 2011 o reconciliou-o com o Dão. Este comentario encheu-me as medidas! Dever cumprido!

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