Recordo que se trata de uma vinha com duas partes, uma com 50 e outra com 100 anos.
O que vemos?
Primeiro, que o branco, embora misturado com o tinto, estava bastante presente nos encepamentos antigos. Vemos aqui uma proporção de 40% de branco e 60% de tinto.
Encontramos tambem a presença do classico blend Cerceal/Bical no branco.
Da ainda curta experiência que vou ganhando, palpito que os antigos procuravam equilibrar a facil maturação do Bical (ou mesmo os seus riscos de sobrematuração) com a acidez da Cerceal.
A completar este tipico field blend de branco, encontramos uma curiosidade com o nome de Castelão Branco. No momento em que escrevo este texto, confesso que não sei ainda que casta é esta. Talvez uma daquelas castas antigas hoje esquecidas?
Vemos tambem que a Jaen nesta terra gosta de ser acompanhada pela sua amiga historica, a Baga.
Blend que funciona um pouco como o que descrevi mais acima sobre o dueto Bical/Cerceal, com a Jaen de facil maturação e baixa acidez (a lembrar o Bical) e a Baga mais viva a equilibrar o conjunto (como o fazia o Cerceal em relação a Bical).
Alem destas duas vemos tambem a Tinta Amarela/Trincadeira, casta que estamos mais habituados a ler nos contra-rotulos dos vinhos do Douro ou Alentejo, mas que tenho encontrado bastantes vezes nas vinhas velhas do Dão Serrano. A sua presença por aqui vem de longe portanto.
Para finalizar o field blend tinto, uma mistura de varias castas tintas antigas.
Assim era o Dão Serrano no tempo dos nossos avos!
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