Ja foram realizados em maio e em junho trabalhos de desladroamento, de orientação de pâmpanos e de arranjos de vegetação. Trabalhos importantes para a qualidade e para o estado sanitario da colheita.
Desta vez, esta na altura de desfolhar e de despontar.
Estamos no estado em que a floração ja se realizou, os cachos ja vingaram e estão a crescer, ainda verdinhos. Ainda faltam umas semanas para o pintor, e os cachos pedem para se verem livres da humidade, querem luz e ar, mas sem abusos.
A desfolha consiste assim a criar um ambiente favoravel ao cacho. Retiram-se algumas folhas frente aos cachos, do lado nascente, de maneira a arrejar a zona em que se encontram os cachos, permitindo a entrada dos raios do sol matinal. A parte do lado poente fica a proteger os cachos dos raios mais quentes do fim de tarde, evintando-se assim o escaldão.
No que refere a desfolha, a arte do "vigneron" reside na escolha do timing e no doseamento da dita, tendo em conta as caracteristicas do "millésime".
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Em relação a desponta, vai permitir regenerar a vegetação, criar "netas", novos lançamentos com novas folhas que substituirão as primeiras folhas na fase mais tardia da maturação. E um pouco como no futebol, são os suplentes que entram na fase final do jogo, substituindo os colegas mais cansados, para ajudar a terminar a partida nas melhores condições.
A desponta não deve ser feita nem muito cedo, nem muito tarde.
Mais tarde, em agosto, ja depois do pintor, vira o ultimo trabalho em verde, a monda.
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